Creatinas reprovadas

creatinas reprovadas

Polêmica no Mercado de Suplementos: 25 Creatinas Reprovadas pela Abenutri.

A Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) divulgou um estudo em 2022 apontando graves inconformidades no teor de creatina em diversos produtos comercializados no Brasil. Das marcas analisadas, foram 25 creatinas reprovadas, revelando disparidades entre o que é informado no rótulo e o conteúdo real dos potes. O relatório destacou que dez dessas marcas apresentaram 100% de variação, ou seja, não continham creatina, mas sim outros tipos de substâncias.

Critérios de Avaliação e Inconformidades Identificadas. 

Oque faz uma creatina ser reprovada:

De acordo com a Abenutri, a variação máxima permitida no teor de creatina é de 20%. Isso significa que um produto deve conter no mínimo 80% de creatina pura para estar em conformidade com o que foi declarado. A discrepância identificada em vários lotes acende um alerta para consumidores e reforça a necessidade de uma maior fiscalização sobre o mercado de suplementos.

Empresas como Supley, fabricante das marcas Probiotica e Max Titanium, Intlab, responsável por produtos como AGE, MonsterFeed e Cellucor, e BRG, que produz Integralmédica e Darkness, entraram com medidas jurídicas para impedir a divulgação dos resultados das análises envolvendo seus produtos.


Notas das Empresas e Controvérsia com a Metodologia

O Grupo Supley defendeu sua decisão de acionar a justiça, alegando que o estudo da Abenutri não seguiu normas estabelecidas por órgãos competentes. A empresa destacou que o laboratório responsável pela análise, vinculado à Universidade Evangélica de Goiás, não é credenciado pela Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas). Além disso, argumentou que as metodologias usadas não são reconhecidas para o ramo de suplementos e que a legislação aplicada está desatualizada. A Supley reforçou que realiza testes internos frequentes e não encontrou inconformidades nos lotes analisados.

Em nota à imprensa, a empresa Absolut esclareceu que os testes apresentados são antigos, realizados há dois anos, e afirmou que os produtos reprovados já foram retirados do mercado. A marca criticou o uso de informações desatualizadas e acusou a mídia de não oferecer oportunidade para as empresas se pronunciarem antes da publicação.

“Sempre prezando pela transparência e comprometimento com o mercado, viemos firmar a qualidade e a concentração de pureza da creatina”, destacou a Absolut em comunicado oficial.

A empresa informou ainda que realizou importações de novos fornecedores e incluiu QR codes nas embalagens, direcionando para laudos atualizados dos produtos. No entanto, afirma que não recebeu retorno da Abenutri sobre a proposta de participar de novos testes.


Lista de arcas de creatina reprovadas

A seguir, as marcas reprovadas por apresentar teores de creatina abaixo do mínimo exigido:

  • Ftw creatina ultra – 20,17%
  • Body Action creatine double force – 23%
  • Vitamax Nutrition creatine booster – 23,6%
  • Adaptogen hd cret – 24,3%
  • Absolut Nutrition creatina Flavor – 32,3%
  • Muscle full creatina – 32,7%
  • Absolut Nutrition creatina 100% pure – 37,1%
  • Pro Healthy creatine micronized – 43,3%
  • Body Action web creatine dual power – 46,2%
  • Healthy time creatina powder – 53%
  • Body Nutry creatina – 54,5%
  • R74 Pro healthy creatine – 55,7%
  • Nitro max max creatina – 59%
  • Body Nutry suplementos – 86,7%
  • Natures Now Researches creatine energy now atp – 96,8%

Além dessas, dez marcas apresentaram 100% de variação, ou seja, não continham creatina alguma. Confira:

  • Healthy labs creatina gourmet
  • Ravenna sports creatina micronized
  • Impure nutrition creatina
  • Nft Nutrition creatina 100% pura
  • Sun food creatine pure
  • Dymatrix nutrition creatina monohidrate
  • Iron tech sports nutrition creatina monohidratada
  • Red bolic creatine monster maca palatinose zma
  • Airomax creatine
  • Dark dragon crea delite

Conclusão: A Importância da Transparência e Fiscalização no Setor

A divulgação das análises da Abenutri gerou grande repercussão no mercado de suplementos e levantou questões sobre a qualidade dos produtos disponíveis nas prateleiras. Enquanto algumas empresas defendem a idoneidade de seus processos e criticam a metodologia utilizada, o episódio ressalta a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa e de transparência nas informações repassadas aos consumidores.

Consumidores devem ficar atentos ao adquirir suplementos, verificando se as marcas seguem os padrões de qualidade e buscando fontes confiáveis para evitar produtos que não entregam o que prometem. Iniciativas como a implementação de QR codes nos rótulos, conforme proposta por algumas empresas, representam um avanço rumo a uma maior transparência.

O caso também destaca a importância de uma harmonização regulatória e de metodologias padronizadas, para que as análises laboratoriais sejam conduzidas de forma justa e confiável, promovendo um mercado mais seguro e transparente para todos.

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